Inédito: Indígenas são contratados para segurança patrimonial da Funai

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Vigilantes tomaram posse nesta terça-feira (9). (Foto: Clayton Neves)

Para os vigilantes Juvêncio da Silva, de 48 anos, e Helisson Mendes Matias, de 30, a terça-feira (9) teve motivo a mais para comemorar. Com coletes, coturnos e todo aparato de proteção, os indígenas da etnia Terena são os novos contratados do setor de  da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) em Campo Grande, os primeiros em décadas de existência do órgão.

Com a contratação dos novos trabalhadores, que falam a língua e pertencem à comunidade indígena, a Fundação pretende aproximar e garantir pertencimento entre quem trabalha e quem é atendido no órgão. “É uma oportunidade que se abriu e que nos deixou muito feliz, agora, a gente espera que novas portas também se abram para nossos irmãos”, comentou Helisson, que já trabalha há oito anos no setor de segurança.

Para Juvêncio, a escola representa um voto de confiança e pode motivar novas indicações de profissionais indígenas. Ele e o colega tomaram  e já começaram a trabalhar nesta terça-feira (9).

Coordenador da Funai da Capital, Elvisclei Polidoro conta que a proposta nasceu para dar oportunidade aos indígenas e a expectativa é de que a proposta se repita em outras áreas. “Muitos indígenas estudaram e têm formação em diferentes áreas, no entanto, infelizmente muitas vezes as oportunidades não chegam e eles não conseguem entrar no mercado de trabalho”, detalha.

Para ocupar as vagas, Juvêncio e Helisson passaram por rigoroso treinamento, que inclui avaliação médica, psicológica, e qualificação autorizada pela Polícia Federal, com aulas de tiro, defesa pessoal e até noções de direito.

A contratação da dupla foi terceirizada por uma empresa de segurança da cidade. “É uma inclusão para proporcionar um atendimento personalizado. Uma contratação de pessoas qualificadas e com valor agregado à comunidade indígena”, comentou o major Arquimedes Gonzaga, proprietário da empresa.

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