Constituição Federal vai ganhar versão em língua indígena

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Quinze tradutores indígenas estão trabalhando na primeira versão da Constituição Federal de 1988, em língua originária brasileira. A carta magna está sendo convertida para o nheengatu, língua de origem tupinambá, falada por diversos povos que vivem na Região Amazônica. A previsão é de que o trabalho seja concluído em outubro com o lançamento da obra em uma cerimônia na cidade de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.

A biblioteca também já está guardando fotos de populações do Vale do Javari, produzidas no mês de março, durante uma expedição que contou com a participação de Luchesi. Ele adiantou ainda que a instituição está programando viagens a territórios quilombolas para também produzir registros nesses locais.

A Biblioteca Nacional também está intensificando projetos de internacionalização da cultura brasileira. Um deles é a concessão de bolsas de tradução de obras do nosso país, com demanda de leitores em outros países. Graças a uma dessas bolsas, em fevereiro, por exemplo, a obra A Paixão Segundo GH, de Clarice Lispector, ganhou sua primeira tradução em ucraniano. Clarice nasceu no país europeu, mas veio para o Brasil ainda pequena, naturalizando-se depois. Um aporte de um R$ 1 milhão foi feito pelo Ministério da Cultura para financiar as bolsas este ano.

 

Ainda de acordo com Luchesi a instituição pleiteia recursos também para acelerar a digitalização das obras – hoje, quase um terço do acervo de mais de 10 milhões de itens, já foi digitalizado – e para expandir seu prédio anexo. Números superlativos dão suporte aos pedidos. Nos períodos de férias, a Biblioteca Nacional chega a receber mais de mil visitantes por dia e o seu site teve mais de 100 milhões de acessos no ano passado.

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