Policial indígena e professora são presos supeitos de extorquir sitiantes

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O sargento PM Waldison foi preso hoje em Dourados (Foto: Reprodução)

O policial militar preso hoje (21) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, acusado de extorquir sitiantes para impedir a invasão das terras por índios foi trata-se do sargento Waldison Candido Francisco, 46, de etnia indígena e morador na Aldeia Jaguapiru.

Também foi presa a professora e líder indígena Guarani-Kaiowá Dirce Veron, filha do cacique Marcos Veron – assassinado a mando de fazendeiros em janeiro de 2003. Após a morte do pai, em área de conflito no município de Caarapó, Dirce se tornou uma das principais vozes em defesa dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul.

Campo Grande News apurou que ela e o sargento PM exigiram R$ 120 mil para garantir que uma das áreas nos arredores da reserva de Dourados não seria invadida. Pelo menos 30 sítios vizinhos da reserva estão há um ano cercado por índios.

O valor extorquido seria pago em quatro parcelas mensais de R$ 30 mil. Quando receberam a primeira parcela nesta segunda-feira, os dois foram presos pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil e por policiais da Corregedoria da Polícia Militar. Waldison e Dirce estão sendo autuados em flagrante na 1ª Delegacia de Polícia Civil.

Natural de Aquidauana, Waldison foi candidato a vereador em 2016 pelo Democratas. Ele teve 295 votos e ficou longe de se eleger.

Dirce Veron esconde o rosto ao chegar à delegacia. (Foto: Adilson Domingos)
Dirce Veron esconde o rosto ao chegar à delegacia. (Foto: Adilson Domingos)


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